Gosto de Algodão Doce
Tenho saudades sim,
dessas presenças que em
mim moravam
com a leveza do algodão
doce,
derretendo na memória,
doce e efêmero.
Ou da firmeza macia
da bala de goma,
que resistia um pouco mais
ao tempo, à boca,
deixando um sabor
duradouro
na língua da lembrança.
Pessoas que não se
desfazem,
mesmo quando a vida as
leva
para outros potes, outras
festas.
Elas ficam, presas nos
poros da alma,
como açúcar cristalizado,
um doce vestígio do que
fomos juntos.
Não se esquecem. Não há como esquecer o gosto bom que deixaram, a textura macia de seus risos, o colorido vivo de suas almas. E a saudade, ah, a saudade é só o suspiro que precede mais um doce recordar.
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