"Porque são doces poesias encontradas aqui por poetas, poetisas e simpatizantes. Venha, faça dessa doceria a sua casa preferida. Lugar de sonhos e belezas da alma.
30 setembro 2007
UM FLAGRANTE
e guardar o instante
que se fazia em palavras
emoção
risos
e cuidados para que ele
não desconfiasse.
e as tantas frases
que permaneceriam ocultas
foram identificadas e traduzidas
e descobertas
as formas das imensas delicadezas
com que nos tratávamos
o descuido que tirou o escudo
dos instantes de cuidados
e quebrou as barreiras
do pecado oculto
custou-nos esses muitos
sofreres
com os quais agora nos remoemos.
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Vicente
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"in finita mente
(a partir de um "conceito" desgastado)
os seres
as coisas
tudo perecível
não cabe no instante
o amanhã:
é imenso.
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Wilson Guanais
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24 setembro 2007
ESPETÁCULO VIVO! - (Van Luchiari)
E eu, palhaço de mim
dispo-me de todos os sorrisos
no calar do camarim.
No picadeiro da alma
eu domo as minhas feras
E o meu espírito despeja
todas as suas esperas.
Equilibrista de saltos
penso que existo:
Malabrista do acaso
Domador de sobressaltos.
O trapézio me leva tão alto
para cima e além das vidas rasas.
E sem pesar eu me jogo no espaço
que fica entre o chão e minhas asas.
Olhos incríveis me habitam e seguram.
Mãos secretas me equilibram e curam.
E no momento do salto
Agarro-me a mim mesma, enfim.
Cravo as unhas no meu sonho.
Reconheço o sorriso em mim.
Dispo-me da máscara.
Entrego-me ao real.
No picadeiro do meu ser
O espetáculo não tem final.
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Van
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"Hoje eu te trago um prenúncio de primavera prestes a explodir.Há um cheiro de orvalho no ar, sente? Nem a secura daqui de minha terra impede o perfume de entrar e inebriar...."
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Van Luchiari
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19 setembro 2007
OLHARES SAPIENS
eu vi
e sorri sonhos desmedidos
em sonhos de se ver
com olhos abertos
porque trazia
a alma da palavra ver
a calma da vontade de ter
e sentir
que vai ali e não volta
que vai além e fica
por lá
e sabe-se que não vai voltar
quem viu passar?
só eu
porque encarei
a ida
e os calcanhares calçados
de saltos
e aconchegos
em espaços diminutos
entre a sola e o salto.
esse meu olhar é sábio.
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Vicente
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Saramar
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12 setembro 2007
PEDIDO
fui o primeiro a dizer-te as palavras
que te abriram as portas
os vértices
os ângulos desnudos
que te vasculharam os íntimos momentos
do encantamento
mais desejado.
fui o primeiro a ousar-te carícias
em pêlos
que
escondidos
sonhavam ousadias
de beijos salientes e imorais.
fui o primeiro a bendizer-te o gozo
vertido no mais puro linho
enriquecido pelo aroma
da entrega
e sabor das descobertas
apaziguadas.
sou o primeiro a enlaçar-te
a alma
e pedir-te com calma aparente
e cheio de esperança:
aceita
essa aliança?
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Vicente.
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"
"...Por vezes é melhor um sincero afago
Que um beijo ardente e amargo
Sem amor
Sem ardor
Um momento mentiroso
De prazer e calor.."
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06 setembro 2007
CLAREIRA - (La Zingarah)
acre e adocicada,
talho transversal que não quer ser compartilhado.
Vertigem inata, olho de cachoeira,
friagem que amola a cadência do coração.
Perturba-me a falta de tantas coisas e
o excesso cansado daquilo de que não preciso.
Vou e volto. Prefiro o silêncio às vaidades destrancadas.
E você, oculto sob si mesmo,
o que vem procurar aqui?
Tenho palavras aquáticas, tão molhadas,
que submergem sem cessar.
Se lhe apraz esta clareira de gritos nítidos,
venha sempre que precisar.
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Zingarah
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"Como seria estar absolutamente só na face da Terra? Um susto, uma falta de fôlego, um aperto no coração? ...
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Zingarah - (Rouge)
05 setembro 2007
CAMINHOS
é preliminar
das preliminares que ensejam desejos
afogueando-me os sentidos
quando roça minhas orelhas em sussurros
descuidados/estudados.
cada coisa a seu tempo
como a abrir-se em velas desfraldadas
a receber-me em aconchego
que prenuncia gargantas afoitas.
são polens a serem sorvidos
em cada gota
que pinga do mais orvalhado
deleite.
descobrindo
os vértices invertidos
a receberem os ligeiros
passageiros que se perdem
em descidas alucinantes
a formarem novas formas
de se mover
em direção ao prazer.
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Vicente
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"...Mas a ampulheta da vida deixou escoar as areias do tempo e seus olhos cansados não a viam mais. Distorceram suas canções e sua voz chamou-se maturidade..."
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Claudinha
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