06 setembro 2007

CLAREIRA - (La Zingarah)

Sou folha e seiva,
acre e adocicada,
talho transversal que não quer ser compartilhado.
Vertigem inata, olho de cachoeira,
friagem que amola a cadência do coração.
Perturba-me a falta de tantas coisas e
o excesso cansado daquilo de que não preciso.
Vou e volto. Prefiro o silêncio às vaidades destrancadas.
E você, oculto sob si mesmo,
o que vem procurar aqui?
Tenho palavras aquáticas, tão molhadas,
que submergem sem cessar.
Se lhe apraz esta clareira de gritos nítidos,
venha sempre que precisar.
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Zingarah
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"Como seria estar absolutamente só na face da Terra? Um susto, uma falta de fôlego, um aperto no coração? ...
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Zingarah - (Rouge)

7 comentários:

Esyath disse...

Viny,

o silêncio é mais controlado, equilibrado, nos permite exercitarmos a paciência e raciocinarmos antes de tomarmos nossas escolhas, ao passo que as vaidades e caprichos soltos, nos confundem, e acabamos por andarmos em forma de círculos...
Mas eu não ia querer ficar imersa no silêncio solitário, porque embora ele me ajude a ser mais objetiva, madura e calma, também me impede se escutar o som reverberante das gargalhadas da vida!
É bom mesclar ambas as coisas.
Se eu ficasse imersa no mais absoluto silêncio solitário na Terra, eu me sufocaria de tanta opressão...

Beijos (Des)conexos!;)
*Todos os posts respondidos! - rs.

Anônimo disse...

Vicente esse estado vegetal e sensitivo me faz sentir em êxtase...lindas palavras.Beijuuss

Alê Quites disse...

É realmente lindo.
=)

Anônimo disse...

Olhaaaaaaaaaaaa!!!Alguém volta a postar e nem me avisa!!! como pode uma coisa dessas!

Belo poema!!!
adorei!
Sua doceria anda linda como sempre!

Estava com saudades, é bom te ter de volta!
Beijos

Andréia . disse...
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Alê Quites disse...

Amigo querido,
Indiquei um texto seu no "Prêmio Caneta de Ouro". Veja no Namastê.
Beijos**

Andréia . disse...
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