Vertigem
O chão se desfaz sob os pés,
não em queda, mas em giro,
um turbilhão de pensamentos
sem centro, sem Norte.
Ideias flutuam como poeira cósmica,
partículas de um universo íntimo
que se expande e se contrai,
sem lógica aparente.
Há perguntas gravadas no ar rarefeito,
ecoando sem resposta,
sobre o ser, o tempo,
o fio invisível que nos prende ao nada.
É a dança incessante da mente,
onde o eu se dissolve e renasce
a cada milésimo de dúvida,
a cada pulso de incerteza.
E no olho desse ciclone particular,
silenciosamente,
eu me pergunto:
qual abismo me chama?
Ou sou eu o abismo
que se abre em mim?
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