A Ausência e a Prisão
E a luz, um mero boato,
uma lenda distante.
Aqui, só a escuridão se estende,
pesada e sem promessas.
Não é sombra, é ausência,
um vazio que engole cores e esperanças.
E nesse escuro, a prisão.
Não há grades, não há muros visíveis,
mas as paredes apertam,
o ar rarefeito sufoca.
É uma celas invisível,
tecida de incertezas e de "nãos".
Cada passo é um tropeço no breu,
cada respiração, um grito abafado.
E a saída, um eco que não chega,
uma porta trancada por dentro,
sem chave, sem maçaneta,
apenas o silêncio opressor.
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