Finalmente o Vazio
Enredado,
o nó emaranha o peito,
um silêncio que grita sem voz.
Não sei o que está acontecendo,
apenas sinto o chão sumir.
Sou um experimento, talvez.
Um fio tênue, quase invisível,
suspenso sobre o abismo,
onde o ar se torna denso
e irrespirável,
sufocante.
A incerteza é a única paisagem,
e a saída, um eco distante.
Não há luz no fim do túnel,
porque não há túnel,
não há espaço,
não há esperança,
apenas a densidade do escuro
que me abraça
e me consome.
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