sobraram o que começamos:
o carinho
o cuidado
a pouca vontade de deixar
tudo de lado.
sobraram atos e fatos
consumados
conversas esquecidas e
não retomadas
devidamente não esclarecidas.
sobraram a censura
a falta do bom senso
a falta de enredo
de opiniões
de desapego ao antigo.
faltaram
a coragem para recomeçar
o carinho que devia continuar
e sobretudo
a vergonha por deixar
tudo acabar.
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Vicente
.
.
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"El Baile
Meus olhos se desencontram na paisagem interrompida. Não há continuidade, em nada, em lugar nenhum, senão no perfume que o ar transporta. Na íris que se desdobra sobre o dia. Estremeço, torpor e prazer impelindo-me a dançar entre os instantes fragmentados. E danço, porque isso faz levantar a poeira dourada das horas, e descobre movimento onde reinava a quietude inteira..."
Meus olhos se desencontram na paisagem interrompida. Não há continuidade, em nada, em lugar nenhum, senão no perfume que o ar transporta. Na íris que se desdobra sobre o dia. Estremeço, torpor e prazer impelindo-me a dançar entre os instantes fragmentados. E danço, porque isso faz levantar a poeira dourada das horas, e descobre movimento onde reinava a quietude inteira..."
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4 comentários:
Olá, Moço...
O final de seu poema foi surpreendente: "e sobretudo
a vergonha por deixar
tudo acabar".
Não há palavras para esse desfecho.
Muito intimista.
Beijos Poéticos.
;**
oi Vicente!
É... Deixar tudo acabar é algo que machuca, mas que tenha sido intenso, verdadeiro aí , pelo menos , se deixa levar... Lindo o poema. Beijo!
bom dia querido
apareça logo,estou com saudades.
beijos
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