Despertar
A luz invade o quarto, rasga a cortina
E o pensamento, antes cinzento,
Agora dança em tons de azul e dourado.
O corpo, que doía, se alonga, desperta
A cama, antes fria, guarda o calor
Do abraço recém-encontrado.
Não há mais neblina nas vidraças,
A cidade se revela em seu ritmo manso.
As horas, que antes se arrastavam,
Agora voam, leves e cheias de vida.
O sono que não vinha
Deu lugar a um despertar suave,
Um amanhecer em teus braços.
O telefone, mudo na cabeceira,
Já não importa.
O mundo real é agora
O som da sua respiração,
O cheiro do seu cabelo,
O calor da sua mão na minha.
Não há mais adivinhações,
Apenas a certeza de que a porta
Se abriu para um novo começo.
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