Despertar da Aurora
E assim, o corpo que doía e os olhos que pesavam
Encontraram seu descanso, não na fuga do sono,
Mas no porto seguro do teu abraço.
A cama fria, o pensamento cinzento,
A insistência do relógio e o toque estrídulo do telefone
Se dissolveram como neblina ao sol.
Não há mais mistério em adivinhar quem ligou,
Pois tua voz macia e o perdão sussurrado
Abriram a porta não só da rua, mas da alma.
A comunicação silenciosa dos olhares,
A sinfonia das sensações e sentidos,
Moldaram a redescoberta da intimidade,
Tecendo uma camada de esperança e continuidade
Sobre os dias que virão.
O amanhecer nos encontrou juntos,
E cada novo raio de luz que beija a janela
É uma promessa sem palavras,
Um plano silencioso, um futuro em aberto.
A vida, que antes parecia estagnada,
Agora flui, leve e contínua,
Como um rio que finalmente encontra seu mar.
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