31 maio 2007

FIZ UM POEMA

fiz um poema

sobre a emoção

que se perdeu sabe-se lá onde

em que folha branca

em que sarjeta esburacada

em que lufada de qual vento.

falava de você

da sua delicadeza

da sua beleza arrebatadora

dos seus traços

que a palma da minha mão

ousara tocar

(com essas mãos tão minhas)

falava da maciez do seu carinho

dos reflexos dos seus cabelos nos meus

dos abismos que se abriam entre nós

toda vez que pensávamos bem.

aquele poema

não existe mais

não resistiu sequer

às primeiras linhas.

sucumbiu

ao primeiro passar da borracha.

.

Vicente

.

.

.

"...Quebrei a ampulheta da vida
joguei fora as areias do tempo..."
.
Claudinha
.


4 comentários:

Anônimo disse...

Poeta...
Linda poesia...Ainda bem q ela permaneceu em tua memória.
Beijos Poéticos.
;**

Claudinha ੴ disse...

Mas, meu caro, o poema não se perdeu... Foi lido pelo vento que agora sussurra noss ouvidos dela as suas doces emoções... O que a borracha apagou, o vento leu e levou... Que lindo! Parabéns pelo seu poema! Beijo.

* Adorei a citação das minhas areias,rsrs.

Passageira disse...

Voltou!!!! Quietinho, caladinho e nem aí pra saudade da gente, né? Mas te achei!!!! rs...
E voltou afiado tb. Poema lindo, querido. Não é bem assim... tb um lindo poema!
Volto depois, pr amatar mais saudades, viu?
Beijos

Anônimo disse...

Esse poema cheio de lembranças realmente fez a diferença, muito lindo...doce, doce.Beijusss