"Porque são doces poesias encontradas aqui por poetas, poetisas e simpatizantes. Venha, faça dessa doceria a sua casa preferida. Lugar de sonhos e belezas da alma. Este é o blog do Vicente, onde posta suas poesias desde o ano de 2003. E o blog continua ativo em 2025
23 dezembro 2007
PRESENTE
com aquela manhã
imensa
e logo em seguida
me roubaste
uma tarde
que já me consolaria.
agora
só tenho essa noite
que teima em não amanhecer.
também
já sei
que não haverá madrugada
nenhuma.
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Vicente
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17 dezembro 2007
"AMIGUINHA"
Olhaqui, ó! Chamar você de amiguinha não tem nada de pejorativo. É a expressão mais carinhosa que eu reservei para um tratamento. Apenas duas pessoas em toda a minha vida, mereceram de mim essa expressão carinhosa, ao vivo.
E você É UMA DELAS.
Não tem nada de achar-se criança, chata, etc... etc..
Ser amiguinha é um estado. Uma leveza. Um não-sei-o-quê de cumplicidade e graça. Ser amiguinha, é ser aquela pessoa a quem a gente sabe que pode recorrer, seja num momento de dúvidas, de incerteza, seja num momento de querer alguém para dividir um beijo suculento ou uma torta de limão.
Ser amiguinha é usufruir do carinho do amigo, do amante, do marido, do colega.
Ser amiguinha é sentir-se musa sem jamais ter tido essa vontade de ser, sem ter apresentado qualquer motivo para ser idolatrada além do óbvio motivo das formas e cores bem acabadas.
Ser amiguinha é deixar-se conduzir pelo carinho mais afetuoso do amigo distante, renitente e sonhador, que ainda se delicia com algum risinho que teima em brotar ao ler a resposta dizendo que não gosta do termo.
Ser amiguinha é ler tudo isso aí e achar que faz sentido, que está robustamente de acordo com o que deve ser encarado como amizade à distância.
Ser amiguinha é não considerar-se diminuída assim que o amigo deixar de chamá-la de "amiguinha" só porque ela não gosta e sente-se encucada.
Ser amiguinha é considerar que o termo pode ser trocado de "amiguinha" para "Doce Amiga" e que, aí sim, estará de acordo com a ocasião "solene" de ler um zap de um mané.
Eu, por mim, queria ser seu amiguinho. Não me importaria. Mesmo.
Beijos, "Querida Amigona".
Doces prá você...
Vicente
06 dezembro 2007
06 dezembro 2007
CALÇADAS
eu lhe encontrei
ao abrir-se
de calçadas
e supermercados
conforme o combinado
com os nossos destinos.
encontro.
trouxe chegança de espera
em mim
e me vejo de braços
com a saudade.
você chega e traz a lembrança.
rima fresca
e boa
para
esperança.
.
Vicente
.
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.
"A vida se mantém um enigma, apesar das tentativas milenares de explicações, justificativas, esclarecimentos, elucidações. .."
Dora Vilela
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publicado originalmente em 06/02/07
.
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CALÇADAS
eu lhe encontrei
ao abrir-se
de calçadas
e supermercados
conforme o combinado
com os nossos destinos.
encontro.
trouxe chegança de espera
em mim
e me vejo de braços
com a saudade.
você chega e traz a lembrança.
rima fresca
e boa
para
esperança.
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Vicente
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"A vida se mantém um enigma, apesar das tentativas milenares de explicações, justificativas, esclarecimentos, elucidações. .."
Dora Vilela
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publicado originalmente em 06/02/07
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08 novembro 2007
PELAS CALÇADAS
alguns poucos momentos
de olhos nos olhos.
certamente muitas perguntas
caladas
esperando.
algumas perguntas exatas
com receio de explodirem.
mas nada
nada além de encontro.
exceto o encontro.
caminhando sem cobrança de ligar.
sem intenção de escrever.
sem números.
sem endereços.
é possível que seja sábado.
mas ninguém liga para datas.
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Vicente
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02 novembro 2007
TAMBÉM VOU SER POETA
ir e ficar
em pasárgada (sei lá)
e pelo estatuto do poeta
tenho direito a pagar meia passagem
e o pagamento será feito em gramas de sonho.
rompendo as ânsias e lá chegando
tenho direito ainda
a fixar residência
onde bem me aprouver
desde que haja cachoeiras por perto
e libélulas gritem cantos
como cotovias
e sabiás saibam seus ninhos nas palmeiras
e que explodam girassóis
desde o mais tenro início de inverno
que não poderá ser
nem muito frio
nem muito distante.
não quero que haja reis
e sim princesas
e rainhas brotem aos cachos
como pingo-de-ouro
e se deixem ser amadas
por seus cavaleiros errantes
assim como eu.
e quando eu voltar às realidades daqui
quero ser reconhecido
pela minha eloquência embandeirada
e pela alcunha de
“poeta, o audaz”.
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Vicente
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"...No incessante trabalho da escuridão
remove quantidades cósmicas
de nada
para que tudo
seja revelado."
Marlos Drumond Villalba
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27 outubro 2007
IDA E VOLTA
de cada um
em um
em dois
em nós.
cada um de nós
de dois
de um
de sempre todos
como se sabe
sem par...
sem ímpar
sem primos
sem números.
temos um motivo único
único motivo: amar.
faço
meu próprio papel:
poetizar.
amar não é só juntar
nem mesmo separar
juntar/separar
é descrever o possível
dizendo impossível não notar.
nos olhos
olhares
nas bocas
teus
beijos.
na canção exígua
difusa
sorriso confuso
confundida
minha
mistura
tua,
não minha
amante
tirando
feliz cidade
de propósito
soltando
bastando-se
bastante bom
o que se basta.
não o bastante
bastando apenas
um presente
um passado
um futuro
tudo
misturo
embrulho
entrego o que resta da sorte
e tudo:
o restante.
e feliz se faz
de feliz-cidade
muda
mundo
mudo
sou
eu
em você
romance mudo
ausente
aqui
presente lá
presenteando cá.
passando acolá.
futurando em breve.
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Vicente
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30 setembro 2007
UM FLAGRANTE
e guardar o instante
que se fazia em palavras
emoção
risos
e cuidados para que ele
não desconfiasse.
e as tantas frases
que permaneceriam ocultas
foram identificadas e traduzidas
e descobertas
as formas das imensas delicadezas
com que nos tratávamos
o descuido que tirou o escudo
dos instantes de cuidados
e quebrou as barreiras
do pecado oculto
custou-nos esses muitos
sofreres
com os quais agora nos remoemos.
.
Vicente
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"in finita mente
(a partir de um "conceito" desgastado)
os seres
as coisas
tudo perecível
não cabe no instante
o amanhã:
é imenso.
.
Wilson Guanais
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24 setembro 2007
ESPETÁCULO VIVO! - (Van Luchiari)
E eu, palhaço de mim
dispo-me de todos os sorrisos
no calar do camarim.
No picadeiro da alma
eu domo as minhas feras
E o meu espírito despeja
todas as suas esperas.
Equilibrista de saltos
penso que existo:
Malabrista do acaso
Domador de sobressaltos.
O trapézio me leva tão alto
para cima e além das vidas rasas.
E sem pesar eu me jogo no espaço
que fica entre o chão e minhas asas.
Olhos incríveis me habitam e seguram.
Mãos secretas me equilibram e curam.
E no momento do salto
Agarro-me a mim mesma, enfim.
Cravo as unhas no meu sonho.
Reconheço o sorriso em mim.
Dispo-me da máscara.
Entrego-me ao real.
No picadeiro do meu ser
O espetáculo não tem final.
.
Van
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"Hoje eu te trago um prenúncio de primavera prestes a explodir.Há um cheiro de orvalho no ar, sente? Nem a secura daqui de minha terra impede o perfume de entrar e inebriar...."
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Van Luchiari
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19 setembro 2007
OLHARES SAPIENS
eu vi
e sorri sonhos desmedidos
em sonhos de se ver
com olhos abertos
porque trazia
a alma da palavra ver
a calma da vontade de ter
e sentir
que vai ali e não volta
que vai além e fica
por lá
e sabe-se que não vai voltar
quem viu passar?
só eu
porque encarei
a ida
e os calcanhares calçados
de saltos
e aconchegos
em espaços diminutos
entre a sola e o salto.
esse meu olhar é sábio.
.
Vicente
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Saramar
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12 setembro 2007
PEDIDO
fui o primeiro a dizer-te as palavras
que te abriram as portas
os vértices
os ângulos desnudos
que te vasculharam os íntimos momentos
do encantamento
mais desejado.
fui o primeiro a ousar-te carícias
em pêlos
que
escondidos
sonhavam ousadias
de beijos salientes e imorais.
fui o primeiro a bendizer-te o gozo
vertido no mais puro linho
enriquecido pelo aroma
da entrega
e sabor das descobertas
apaziguadas.
sou o primeiro a enlaçar-te
a alma
e pedir-te com calma aparente
e cheio de esperança:
aceita
essa aliança?
.
Vicente.
.
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"
"...Por vezes é melhor um sincero afago
Que um beijo ardente e amargo
Sem amor
Sem ardor
Um momento mentiroso
De prazer e calor.."
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06 setembro 2007
CLAREIRA - (La Zingarah)
acre e adocicada,
talho transversal que não quer ser compartilhado.
Vertigem inata, olho de cachoeira,
friagem que amola a cadência do coração.
Perturba-me a falta de tantas coisas e
o excesso cansado daquilo de que não preciso.
Vou e volto. Prefiro o silêncio às vaidades destrancadas.
E você, oculto sob si mesmo,
o que vem procurar aqui?
Tenho palavras aquáticas, tão molhadas,
que submergem sem cessar.
Se lhe apraz esta clareira de gritos nítidos,
venha sempre que precisar.
.
Zingarah
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"Como seria estar absolutamente só na face da Terra? Um susto, uma falta de fôlego, um aperto no coração? ...
.
Zingarah - (Rouge)
05 setembro 2007
CAMINHOS
é preliminar
das preliminares que ensejam desejos
afogueando-me os sentidos
quando roça minhas orelhas em sussurros
descuidados/estudados.
cada coisa a seu tempo
como a abrir-se em velas desfraldadas
a receber-me em aconchego
que prenuncia gargantas afoitas.
são polens a serem sorvidos
em cada gota
que pinga do mais orvalhado
deleite.
descobrindo
os vértices invertidos
a receberem os ligeiros
passageiros que se perdem
em descidas alucinantes
a formarem novas formas
de se mover
em direção ao prazer.
.
Vicente
.
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"...Mas a ampulheta da vida deixou escoar as areias do tempo e seus olhos cansados não a viam mais. Distorceram suas canções e sua voz chamou-se maturidade..."
.
Claudinha
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31 agosto 2007
CENSORED
a tanta batalha de ser contrário
ao cérebro
que insistia em afirmar
que não
que o momento não se fazia preparado.
quedaram-se então
lábios
(e pensamentos)
apressados em ânsias
de tanto se entregar
à procura dos arrepios
dos movimentos desconexos
dos prazeres da pele
(e do corpo mais profundo).
refeitos do susto
(causado)
pelo descobrir o momento
de encantamento
e de louvor ao prazer
quem passou a dar ordens
ao cérebro
que se fizera tímido
foi a um só tempo
lábios e mãos
que
despudorados
não se permitiam censuras.
.
Vicente
.
.
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" "A lua fascina, mas o amor é bem mais concreto."
"Por sua concretude, é muito metido! Vai chegando e fascinando..."
(Esyath Barret)
.
“A sorte escolhe cada nome por acaso.”“Mas o que é sorte?Nossas escolhas ou nossos destinos?”
(Esyath Barret)
.
"A essência do amor, está na magia da vida".
(Esyath Barret)
.
.
,
DESPEDIDA
de quem espera pelo sonho
de quem sonha
pela madrugada insone
de sala e caderno.
mãos delicadas em torno da caneta
a dialogar com o papel
com o tempo
com a pouca chuva
de estrelas que azulam o céu.
corre
célere
o pulso que pulsa
em busca do encontrar-se
do enclausurar-se
em adjetivos
suspiros
devaneios.
rosadas
as faces
desfazem a impressão
de morte.
por fora é fogo que arde
por dentro
é vida que parte.
Vicente
.
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"...Há corações que ainda não sabem expressar seus pensamentos, seus sentimentos na poesia! O meu é um que vive tentando, mas às vezes não consegue encontrar as palavras certas para deixar a poesia mais encantadora..."
Arethuza
.
Continua aqui: http://www.mundoliteral.weblogger.terra.com.br/
.


6 comentários:
hummmmm
adorei os doces suculentos.
suculentos como os seus, não tinha provado ainda, rsssss.
muitos ....
poetamigo
rsssss
vc é demais amigos.
Com vc aqui tudo é bem mais legal, obrigada por td.
Sabe que to com muita saudades do blog, sem tempo pra ele,mas não sem tempo pros amigos.
Outros e outros
Vicente! "Estava eu posta em sossego..."rs, porque ninguém é de ferro, e não ando postando e nem comentando os amigos(férias bloguísticas...), quando vou dar uma olhadela rápida e vejo você no meu bloguinho!!! Caramba! Quase caí no teclado...rsrs Exageros à parte, pensei que você andasse longe!!!!!!!
Que delícia que está aqui, com a "doceria" em plena atividade!
E estou escondida (aqui)...porque não devia vir aqui e não ir aos demais...rs
Beijos, Vicente.
Logo voltarei.
Obrigada!!!!!! por tudo!
Dora
aiii
Se vc disse eu acredito...
Tb tenho um pouco de medo de mim, às vezes falo muito, deixo as pessoas acoadas...
Que bom saber que contigo foi diferente.
Muitos beijos amigo
Nao temer as palavras nao é fácil.palavras doces ,sao ótimas;palavras menos doce sao dificeis...mas palavras sao palavras e os poemas precisam de todas elas.Viajo pelos blogs e aqui e ali me encanto,me arrepio,me inqueito,me consolo,desconsolo,rio,quase choro...Sao as palavras(as ideias) que acabam abrindo a alma.Sem preconceito eu as recebo(nem sempre as minhas sao bem recebidas.Ossos do ofiício de poeta e humano!)Tudo bem>que tenham 3 a ouvir as bobeiras que digo...vai bem.Falar é exercicio de viver...difil,meu caro...mas nao temos outra arma tao poderosa como as palavras.Obrigadao pela força(sobreviver é comum aos poetas.)vou sobrevivendo.
Tá vendo amigo Vicente, você quase fez a Dora cair do teclado. Isso é bom, assim ela volta logo. MOntanhosoAbraço.
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