Tramas Reconectadas
Depois da tempestade, o porto seguro no teu abraço.
Não apenas corpos juntos, mas almas que se entrelaçam
No silêncio profundo da noite que virou madrugada.
Cada toque meu em tua pele é um fio desfeito
Que se religa, uma trama que se refaz
Com a paciência da verdade e do querer bem.
Teus cabelos macios sob minha mão,
Um refúgio para meus pensamentos dispersos.
O calor da tua respiração em meu pescoço,
O pulso lento e firme que me lembra
Que o ritmo da vida, juntos,
É uma canção suave de paz reencontrada.
Não há mais barreiras entre nós,
A pele, antes muro, virou ponte,
E o espaço entre os corpos, um convite mudo
À comunhão mais pura.
Naquele quarto agora banhado pela luz incerta do amanhecer,
O mundo exterior parecia distante, quase irreal.
A intimidade não era apenas o físico,
Mas o olhar cúmplice que entendia sem palavras,
O riso espontâneo que brotava da alma,
A certeza de que, sim, pertencíamos um ao outro,
Nessa dança redescoberta de afeto e carinho.
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