Sinais em Silêncio
Não houve necessidade de mais "perdoas",
Nem de juras apressadas.
Teus olhos, profundos, me diziam tudo
No instante em que a porta se fechou
E o mundo lá fora se dissolveu.
Meu olhar, respondendo ao teu,
Era o eco suave de "sim".
Teus dedos, entrelaçados nos meus,
Falavam de caminhos que se reencontram,
De pontes erguidas sobre abismos.
O contorno suave do teu rosto
Sob a palma da minha mão,
Um mapa redescoberto,
Cada traço, um livro de memórias
Reescrito sem uma só palavra.
O fôlego suspenso, depois o suspiro conjunto,
A melodia mais pura que já ouvi.
Os corpos, antes tensos,
Agora um só, sem costuras,
Na dança lenta de quem retorna ao lar.
E em cada gesto, em cada respiração sincronizada,
A promessa silenciosa de um novo começo,
Gravada na pele, na alma, no ar que nos envolvia.
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