15 setembro 2024

SINAIS DE SILÊNCIO

 

Sinais em Silêncio

 

Não houve necessidade de mais "perdoas",

Nem de juras apressadas.

Teus olhos, profundos, me diziam tudo

No instante em que a porta se fechou

E o mundo lá fora se dissolveu.

Meu olhar, respondendo ao teu,

Era o eco suave de "sim".

 

Teus dedos, entrelaçados nos meus,

Falavam de caminhos que se reencontram,

De pontes erguidas sobre abismos.

O contorno suave do teu rosto

Sob a palma da minha mão,

Um mapa redescoberto,

Cada traço, um livro de memórias

Reescrito sem uma só palavra.

 

O fôlego suspenso, depois o suspiro conjunto,

A melodia mais pura que já ouvi.

Os corpos, antes tensos,

Agora um só, sem costuras,

Na dança lenta de quem retorna ao lar.

E em cada gesto, em cada respiração sincronizada,

A promessa silenciosa de um novo começo,

Gravada na pele, na alma, no ar que nos envolvia.

 

 

 

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