ANTROPOLOGIA URBANA
Ela não anda —
declara a rua com os quadris
faz do salto
um hino de resistência estética
é pré-histórica e pós-futurista
na mesma passada
quem a viu sabe:
ela é tese e mito
é o elo entre o sagrado e o suspiro
nuvem de perfume e pulso
passando diante de prédios ocos
como se fossem ruínas de um mundo
que ainda não soube
como olhá-la direito.
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