Pele de Palavra
Escrever é tocar
com dedos invisíveis.
A palavra tem pele —
às vezes morna,
às vezes febril.
Cada verso encostado
carrega um arrepio,
um traço que desliza
como quem sente
sem ter desvio.
É o papel que arrepia,
é a tinta que pulsa,
é o gesto que molda
o que era bruma
e agora pulsa.
Criar é passar a mão
no que ainda não existe
e, com delicadeza,
sentir que resiste.
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