15 setembro 2023

FINALMENTE, O SILÊNCIO ABSOLUTO

 Finalmente, o Silêncio Absoluto

 

E finalmente, o silêncio absoluto, não o silêncio que esconde, mas o que revela.

Não é ausência de som, mas a ausência de todo o ruído interno,

das perguntas incessantes, das expectativas que pesam.

É a dissolução da própria mente em sua busca incessante,

um ponto de quietude que transcende a percepção.

 

É o fim das oscilações, das dualidades,

o espaço onde a paz não é oposta à inquietação,

mas a única verdade que existe.

Nesse silêncio intocado, tudo se harmoniza,

e o vazio que se auto-preenche encontra sua expressão mais pura,

uma calmaria sem ecos, sem reflexos, apenas ser.

 

 

CHEIRO DE TINTA

 

 Cheiro de Tinta

Liberdade tem cheiro
de tinta fresca na manhã,
quando o papel respira
e a mão ainda hesita.

É o som do grafite
riscando devagar,
feito um segredo
que começa a cantar.

Tem gosto de fruta cortada,
cor escorrendo no céu,
textura de palavra molhada
em saliva e papel.

Criar é sentir —
com todos os poros,
como quem toca o mundo
e volta com olhos novos.




01 setembro 2023

PLENITUDE NA VASTIDÃO DO NADA

 

 Plenitude na Vastidão do Nada

 

E a plenitude na vastidão do nada, o ápice do paradoxo,

onde o vazio não é falta, mas presença absoluta.

Não é um espaço oco à espera de preenchimento,

mas o próprio infinito que se revela em sua essência.

 

É a liberdade de não ter contornos, de não ter limites,

a paz de ser tudo e nada ao mesmo tempo.

Nesse "não-lugar", a mente se aquieta,

e a existência transcende a forma, o nome, o peso.

É a perfeição do ser desprovido,

onde a completude nasce da ausência de tudo,

e o silêncio se torna a sinfonia mais rica.