18 maio 2008

SEM TEMPO

sem tempo para escrever,
no entanto, o beijo eu trouxe...
beija-me, beija-me, beija.

sem tempo para cantar,
no entanto, a esperança está comigo...
cante-me, cante-me, cante.

sem tempo para divagar,
no entanto, o amor está por aqui...
ama-me, ama-me, ama.

sem tempo para perdoar,
no entanto, o grito se desfaz na garganta...
grita-me, grita-me, grita.

sem tempo para ter tempo,
no entanto vejo a luz no fim do túnel.
então vê.
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Vicente
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10 maio 2008

FLASH BACK

tanto eu tinha pra dizer
e ouvir
que acabei me calando
e tapando os ouvidos.

deu-se aquele silêncio
ousado
que me fez andar
pelas minhas ruas

descalças

descalço
e passei a entender
a nobreza do barulho
a necessidade do burburinho.

eu ando com fome de carinho
mas não me fiz de rogado.

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Vicente
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"decididamente não acredito em destino. A gente pode sim se desviar dele, mudar o curso. O problema é que nem sempre a gente quer, e fica arrumando um monte de problemas. Não precisava. Destino. É só dizer não. E seguir o caminho."
Cláudia - http://leve1.zip.net/
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"Não há poema em si, mas em mim ou em ti."
(Octavio Paz)